quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Óculos

A minha comparação é bem simples, na verdade. Eu a vi certa vez em Grey’s Anatomy. É mais ou menos assim:

A minha vida toda eu estive com homens e... Era bom. Eu estive com homens, mas eu nunca... Isso é fantástico. Nunca foi como isso. Isso é como precisar de óculos. Quando eu era pequena eu olhava os carros, as cores, o céu e as árvores e tudo era muito bonito pra mim. Dentre todas as coisas as árvores eram o que mais me chamava atenção, eram lindas. Aquelas manchas verdes enormes que às vezes até cobriam o céu sobre a minha cabeça. E o mundo parecia perfeito. As coisas, as cores, tudo tão bem feito que era perfeito. Mas teve um dia que eu fui ao oftalmologista por conta daquelas fortes dores de cabeça irritantes que teimavam em me incomodar quase todos os dias e ele me disse que eu precisava de óculos. Eu não entendia. Aquilo não fazia o menor sentido pra mim, porque eu enxergava muito bem. Então, eu peguei os óculos e os coloquei. E no carro enquanto eu voltava pra casa.... Lembro como se fosse hoje, eu coloquei os óculos e enxerguei os carros, as cores, o céu e as árvores e não era nada do que eu pensava que era, era melhor. As árvores eram fantásticas! Nesse dia eu descobri que as árvores eram formadas por milhares de folhas! Eram folhas, eram árvores! Eu podia ver as folhas! E eu não podia sentir falta das folhas, porque eu nunca tinha visto as folhas! Eu nem sabia que as folhas existiam! E então... Folhas! Não era apenas aquela mancha verde sobre a minha cabeça! E o céu não era apenas aquela mancha infinita que mudava de cor de vez em quando! Ele é todo azul! E quando muda de cor é por causa das nuvens que parecem mais com flocos gigantes de algodão. O mundo não era só aquilo que eu havia enxergado a vida toda, era melhor. Você é meu óculos. Eu estou tão feliz. Eu estou tão tão tão feliz! Eu estou extremamente feliz.

Um comentário:

  1. Que bom. Se você está feliz, quem gosta de você fica feliz também.
    Um abraço moça.

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